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sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Sometimes....

(...) Às vezes mais vale desistir do que insistir, esquecer do que querer, arrumar do que cultivar, anular do que desejar. No ar ficará para sempre a dúvida se fizemos bem, mas pelo menos temos a paz de ter feito aquilo que devia ser feito, (...).
Às vezes é preciso mudar o que parece não ter solução, deitar tudo abaixo para voltar a construir do zero, bater com a porta e apanhar o último comboio no derradeiro momento e sem olhar para trás, abrir a janela e jogar tudo borda fora, queimar cartas e fotografias, esquecer a voz e o cheiro, as mãos e a cor da pele, apagar a memória sem medo de a perder para sempre, esquecer tudo, cada momento, cada minuto, cada passo e cada palavra, cada promessa e cada desilusão, atirar com tudo para dentro de uma gaveta e deitar a chave fora, ou então pedir a alguém que guarde tudo num cofre e que a seguir esqueça o segredo.
Às vezes é preciso saber renunciar, não aceitar, não cooperar, não ouvir nem contemporizar, não pedir nem dar, não aceitar sem participar, sair pela porta da frente sem a fechar, pedir silêncio e paz e sossego, sem dor, sem tristeza e sem medo de partir.
E partir para outro mundo, para outro lugar, mesmo quando o que mais queremos é ficar, permanecer, construir, investir, amar. Porque quem parte é quem sabe para onde vai, quem escolhe o seu caminho e mesmo que não haja caminho porque o caminho se faz a andar, o sol, o vento, o céu e o cheiro do mar são os nossos guias, a única companhia, a certeza que fizemos bem e que não podia ser de outra maneira.
Quem fica, fica a ver, a pensar, a meditar, a lembrar. Até se conformar e um dia então esquecer(...).

1 comentários:

Luado disse...

Sometimes
James

There's a storm outside, and the gap between crack and thunder
Crack and thunder, is closing in, is closing in
The rain floods gutters, and makes a great sound on the concrete
On a flat roof, there's a boy leaning against the wall of rain
Aerial held high, calling "come on thunder, come on thunder"

Sometimes, when I look deep in your eyes, I swear I can see your soul
Sometimes, when I look deep in your eyes, I swear I can see your soul

It's a monsoon, and the rain lifts lids off cars
Spinning buses like toys, stripping them to chrome
Across the bay, the waves are turning into something else
Picking up fishing boats and spewing them on the shore

The boy is hit, lit up against the sky, like a sign, like a neon sign
And he crumples, drops into the gutter, legs twitching
The flood swells his clothes and delivers him on, delivers him on

Sometimes, when I look deep in your eyes, I swear I can see your soul
Sometimes, when I look deep in your eyes, I swear I can see your soul

There's four new colors in the rainbow
An old man's taking polaroids
But all he captures is endless rain, endless rain
He says listen, takes my head and puts my ear to his
And I swear I can hear the sea

Somtimes, when I look in your eyes I can see your soul
(I can reach your soul)
(I can touch your soul)
Sometimes